A peça abre numa rua com
o desentendimento entre os Montecchios e os Capuletos. O Príncipe de Verona intervém e declara
que irá punir com morte as pessoas que colaborarem para mais uma briga de ambas
as famílias. Mais tarde, Páris conversa com Capuleto sobre o casamento de sua
filha com ele, mas Capuleto está confuso quanto o pedido porque Julieta tem somente
treze anos. Capuleto pede para Páris aguardar dois anos e o convida a uma
planejada festa de balé que será realizada na casa. A Senhora Capuleto e a Ama de
Julieta tentam persuadir a moça a aceitar o cortejo de Páris. Após a briga,
Benvólio encontra-se com seu primo Romeu, filho dos Montecchios, e conversa
sobre a depressão do moço. Benvólio acaba descobrindo que ela é o resultado de
um amor não-correspondido por uma garota chamada Rosalina, uma das sobrinhas do
Capuleto. Persuadido por Benvólio e Mercúcio, Romeu atende o convite da festa
que acontecerá na casa dos Capuletos em esperança de encontrar-se com Rosalina.
Contudo, Romeu apaixona-se perdidamente por Julieta. Após a festa, na famosa
"cena da varanda", Romeu pula o muro do pátio dos Capuletos e ouve as
declarações de amor de Julieta, apesar de seu ódio pelos Montecchios. Romeu e
Julieta decidem se casar.
Com a ajuda de Frei
Lourenço - esperançoso da reconciliação das famílias através da união dos dois
jovens - eles conseguem se casar secretamente no dia seguinte. Teobaldo, primo
de Julieta, sentindo-se ofendido pelo fato de Romeu ter fugido da festa,
desafia o moço para um duelo. Romeu, que agora considera Teobaldo seu
companheiro, recusa lutar com ele. Mercúcio sente-se incentivado a aceitar o
duelo em nome de Romeu por conta de sua "calma submissão, vil e
insultuosa". Durante o duelo, Mercúcio é fatalmente ferido
e Romeu, irritado com a morte do amigo, prossegue o confronto e mata Teobaldo.
O Príncipe decide exilar Romeu de Verona por conta do assassinato salientando
que, se ele retornar, terá sua última hora. Capuleto, interpretando erroneamente a dor de
Julieta, concorda em casá-la imediatamente com o Conde Páris e
ameaça deserdá-la quando ela recusa-se a se tornar a "alegre
noiva" de Páris. Quando ela pede, em seguida, o adiantamento do casamento,
a mãe lhe rejeita. Quando escurece, Romeu, secretamente, passa toda a noite no
quarto de Julieta, onde eles consumam seu casamento.
No dia seguinte, Julieta
visita Frei Lourenço pedindo-lhe ajuda para escapar do casamento, e o Frei lhe
oferece um pequeno frasco, aconselhando: "… bebe seu conteúdo, que pelas
veias, logo, há de correr-te humor frio, de efeito entorpecedor, sem que a
bater o pulso continue em seu curso normal, parando logo…" O frasco, se ingerido, faz com que a pessoa
durma e fique num estado semelhante a morte, em coma por "duas horas e
quarenta". Com a morte aparente, os familiares pensarão
que a moça está morta e, assim, ela não se casará indesejadamente. Por fim,
Lourenço promete que enviará um mensageiro para informar Romeu — ainda em
exílio — do plano que irá uni-los e, assim, fazer com que ele retorne para Verona
no mesmo momento em que a jovem despertar. Na noite antes do casamento, Julieta
toma o remédio e, quando descobrem que ela está "morta", colocam seu
corpo na cripta da família.
A mensagem, contudo,
termina sendo extraviada e Romeu pensa que Julieta realmente está morta quando
o criado Baltasar lhe conta o ocorrido. Amargamente, o protagonista compra
um veneno fatal de um boticário que encontra no meio do caminho e dirige-se
para a cripta dos Capuletos. Por lá, ele defronta-se com a figura de Paris.
Acreditando que Romeu fosse um vândalo, Páris confronta-se contra o
desconhecido e, na batalha, o segundo dos dois assassina o outro. Ainda
acreditando que sua amada está morta, ele bebe a poção. Julieta acaba acordando
e, descobrindo a morte de Romeu, se suicida com o punhal dele, vendo que a
poção do moço não possuía mais nenhuma gota. As duas famílias e o Príncipe se
encontram na tumba e descobrem os
três mortos. Frei Lourenço reconta a história do amor impossível dos jovens
para as duas famílias que agora se reconciliam pela morte dos seus filhos. A
peça termina com a elegia do Príncipe para os amantes: "Jamais história
alguma houve mais dolorosa / Do que a de Julieta e a do seu Romeu."
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